terça-feira, 14 de julho de 2009

Fashion together with the black music

Nos anos 60 a música negra tornou-se conhecida quando os cantores religiosos gospel começaram a ser divulgados nas rádios, passando a ser conhecidos como Soul (alma). Com o seu desenvolvimento alguns cantores começaram a se destacar como Cheryl Lynn, One Way, Anita Becker e o famoso James Brown. Este, com seu estilo único de tocar guitarra acelerou o ritmo do Soul, surgindo o Soul ritmado mais conhecido como Funk Soul. Das rádios, o Funk foi para os bailes e assim começaram a desenvolver as danças, em suas várias versões. Dos anos 70 até hoje, a Black Music sofreu algumas evoluções tanto no ritmo como também na dança. A Black Music contém muitas variações mas só alguns marcaram realmente época em sua história: Funk Soul: Retrata bem a década de 70, o som psicodélico de James Brown deu origem a uma dança com estilo incomparável de deslizar os pés no chão com muita ginga e agilidade. Flash Back, os anos 80 ficaram conhecidos como a época do passo marcado. Após os sucessos dos Jackson Five, nos bailes dançava-se pequenas coreografias criadas pela alegria e empolgação do momento. Charm A melodia rítmica de Érika Badu, R Kelly e Black Street ficou conhecida como Charm que originou o Floreado ou a famosa "lenta" quando dançada a dois em meados dos anos 80. R&B a mistura do Charm com o ritmo contagiante do rap norte americano dos anos 90 fez com que Usher, Snoop Dog, Beyoncé, Nelly e outros, lançassem um ritmo envolvente que, quando dançado, revela toda arte e magia de dançar a dois com um contato visual bastante rico e cheio de alegria.

HIP-HOP FASHION

O hip-hop emergiu nos EUA, na década de 70, nos subúrbios negros de Nova Iorque (Bronx, Harlem, Brooklyn). Estes subúrbios enfrentaram todo tipo de problemas: pobreza, violência, racismo, tráfico, carências de infra-estrutura, de educação, etc. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer, e geralmente entravam num sistema de gangs (bem formando parte de alguma das gangs, bem desde fora delas, mas sempre conhecendo os territórios e as regras impostas por elas), as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. Neste contexto nasciam diferentes manifestações artísticas de rua: música, dança, poesia, pintura. Os vários DJ’s observaram e participaram destas expressões de rua, e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações incluíam-se. Hip-Hop é uma cultura que consiste em 4 subculturas ou subgrupos, baseadas na criatividade. Um dos primeiros grupos seria, e se não o mais importante da cultura Hip-Hop, por criar a base para toda a cultura, o DJing é o músico sem “instrumentos” ou o criador de sons para o RAP, o B.Boying (a dança B.Boy, Poppin, Lockin e Up-rockin) representando a dança, o MCing (com ou sem utilizar das técnicas de improviso) representa o canto, o Writing (escritores e/ou graffiteiros) representa a arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando o spray.

O Hip-Hop não pode ser consumido, tem que ser vivido (não comprando roupas caras, mais sim melhorando suas habilidades em um ou mais elementos).

  • É um estilo de vida... Uma ideologia... Uma cultura a ser seguida...
  • " A consciência" ou a "informação" em minha opinião não pode ser considerada como elemento da cultura, pois isso já vem inserido às culturas do DJing, B.BOYing, MCing e Escritor/WRITing (Graffiteiros), ou seja aos elementos da cultura Hip-Hop, mais é válido para a nova geração, dizendo se fazer parte da cultura Hip-Hop sem ao menos conhecer os criadores da cultura e suas reais intenções.

As Raízes
A origem e as raízes da cultura Hip-Hop estão contidas no sul do Bronx em Nova Iorque (EUA). A idéia básica desta cultura era e ainda é: haver uma disputa com criatividade. Não com armas; uma batalha de diferentes (e melhores) estilos, para transformar a violência insensata em energia positiva. Este bairro experimentou mudanças radicais durante os anos 60 por causa de construções urbanas mal planejadas (construíram uma via expressa no coração do Bronx, construíram complexos de apartamentos enormes) o que fez com que o bairro ficasse desvalorizado. As classes médias que consistia em Italianos, Alemães, Irlandeses e Judeus se mudaram por causa da qualidade decrescente de vida.

Depois que as atividades das gangues alcançaram o topo da criminalidade em 73, elas começaram a se acabar uma a uma. A razão para isto pode ser encontrada em níveis diferentes. As gangues estavam brigando, muitas estavam envolvidas em crimes, drogas e miséria.

E muitos integrantes não quiseram mais se envolver com isso, o tempo estava mudando e as pessoas da década de 70 estavam à procura de festas em clubes, apenas diversão, dançar, curtir a música cada vez mais e mais. O número de gangues cada vez mais estava diminuindo principalmente porque cada vez mais jovens estavam envolvidos com um movimento e se identificavam com alguma atividade. Pois a idéia básica era competir com criatividade e não com violência.

Kool Herc é por toda parte conhecido e respeitado como o "pai" da cultura Hip-Hop, ele contribuiu e muito para o seu nascimento, crescimento e desenvolvimento. Nascido na Jamaica, ele imigrou em 1967 (aos 12 anos de idade) de Kingston para Nova Iorque, trazendo seu conhecimento sobre a cena de Sound system (sistema de som, muito tradicional na Jamaica, seria um equipamento de som muito potente ligado na rua para atrair as pessoas). Consigo também trouxe o "Toast" ao bairro do Bronx (NY), Clive Campbell seu nome de batismo, apelidado "Hercules" pelos alunos de sua sala de aula da escola secundária por causa da aparência física. Mas ele não gostou deste apelido e usou um atalho, criando, "Herc". Então quando ele começou a escrever ele usou seu Tagname de "Kool Herc”.
Herc deve ter dito muitas dificuldades para dormir durante a infância devido ao glorioso e grandioso volume libertado pelos sound system, que batalhavam nas ruas pela atenção do público, cada vez se aumentava mais e mais o volume, quase a ponto de explodir, foi neste ambiente que Herc nasceu e viveu até os 12 anos...

Em meados de 73 ele chamou a atenção como DJ no Bronx, no princípio ele usou o equipamento de som de seu pai, em seguida construiu seu equipamento (auto denominado de Herculords) com enormes caixas de som e muitos seguidores. Em inúmeras Block Parties (festas feitas em blocos de apartamentos abandonados no Bronx e região – veja o filme Beat Street), festas em parques e escolas, logo depois ele fez suas próprias festas em clubes famosos como "Twilight Zone" e "T-connection".

A razão do sucesso foi dada pelo fato de fazer as pessoas dançarem sem parar, ele seguiu a filosofia de Sound system de seu país, no principio não dando muito certo, tocando Reggae e outros ritmos jamaicanos, até que descobriu o Soul e Funk.
Ele nunca tocou uma música inteira, mas só a parte que as pessoas mais gostavam: O Break - A parte onde a batida foi tocada da mais pura forma. Os "Breaks" das canções eram só alguns segundos, ele os ampliou usando dois toca-discos com dois discos iguais, dando o nome de Break-Beat, o fundamento musical para B. Boys e B.Girls (Breaker-boys, Breaker-girls: dançarinos que se apavoravam dançando durante estes Breaks) e os MC's (Os Mestres de Cerimônias, artistas no microfone que divertem as pessoas fazendo-as dançar com suas rimas), às vezes comparável ao "Toast" jamaicano, Kool Herc usou algumas frases para fazer as pessoas dançarem e dar boas vindas aos amigos. Mas quando misturavam as batidas, elas ficavam mais complicadas, mais concentração, assim foi entretendo a multidão, ficando complicado fazer várias coisas ao mesmo tempo, com o microfone não era mais possível, ele passou o microfone para dois amigos que representaram o primeiro time de MC: Coke La Rock e Clark Kent. Kool Herc e o sound system incluíam os dois amigos no microfone, ficando em seguida conhecidos por toda parte como "Kool Herc and the Herculords”.

Afrika Bambaataa (ou Kahyan Aasim - nascido 1957) também tem seu papel de importância no surgimento da cultura Hip-Hop, é por toda parte conhecido e respeitado como o "padrinho" ou o "avô" da cultura Hip-Hop, reunindo tudo e propondo a base para a cultura. Era membro e líder de uma das maiores gangues, "Black Spades" também era um colecionador de discos fanático. Embora já estivesse trabalhando como DJ em festas desde 70, ele adquiriu mais interessado pela cultura Hip-Hop depois de ter visto Kool Herc nos toca-discos em 1973 e assim foi DJ no "Bronx River Commity Center" onde teve seu próprio sound system. Ao mesmo tempo a gangue dele começou a desaparecer, logo depois formou uma pequena ONG chamada de "Bronx River Organization" que logo após passou a se chamar "The Organization", por ter feito parte uma gangue anteriormente ele teve um publico fiel que consistiu em membros de gangues anteriores.

A idéia de Afrika Bambaataa era transformar o negativismo das gangues em energia positiva, pois perdera o melhor amigo em uma guerra das gangues, no tempo que fizera parte de uma gangue. Cansado disso, pensou em fazer algo para mudar esta situação, as pessoas estavam cada vez mais ocupados com o Hip-Hop, em mostrar suas habilidades da melhor forma possível nas festas. GrandMaster Flash completa a trilogia dos DJ´s pioneiros, o terceiro DJ mais importante do inicio da cultura Hip-Hop, teve a brilhante idéia de incluir artesanalmente a sua mesa de mixagem um botão (cross-fader) que lhe permitia passar de um disco para outro sem haver quebra de som. Aprendendo com Herc que os breaks de Funk eram o combustível preferido dos B-Boys e com Bambaataa onde os ir buscar, Flash incendiou tudo ao trazer para o palco os “skills” (capacidade técnica de misturar os discos e fazê-los fluir de forma irrepreensível).

Bem, assim seria o Hip-Hop para muitos, Djs descobrindo e criando os
break-beats, MC's rimando, B.Boys dançando e a maioria dos membros da cultura Hip-Hop também eram escritores. Bambaataa os usou para espalhar sua mensagem, "lutar com criatividade, não com violência!" Com a integração dos 4 elementos da cultura Hip-Hop, a vontade de competir era geral, empurrando todos permanentemente a melhorar e ser o mais criativo possível.

Assim, era como uma lei não escrita, que, todo mundo criava seu próprio estilo, sem copiar o próximo, sem roubar as idéias do outro.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

" O mundo sem a Moda, seria cinza e triste... "

Pesquisas para o nosso trabalho do curso de Moda da Universidade Santa Cecília. Santos/SP - 2009.


História da Nike.
(by Suzane Ribeiro and André Righini)

A Nike foi fundada em 1972 por Phil Knight (corredor de meia distância) e Bill Bowerman (treinador de corrida da Universidade de Oregon). Hoje a NIKE, Inc., com sede em Beaverton, Oregon, é a líder mundial no desenvolvimento e comercialização de calçados, vestuário,acessórios e equipamentos esportivos autênticos para uma ampla variedade de esportes e atividades de condicionamento físico. A empresa tem cerca de 23.300 funcionários no mundo. Já no Brasil, a Nike iniciou suas operações em 1º de junho de 1999 e conta com cerca de 120 funcionários divididos em 3 escritórios em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Novo Hamburgo. Além disso, a Nike gera milhares de empregos através de suas fábricas subcontratadas. São cerca de 600 mil empregados subcontratados que trabalham em aproximadamente 800 fábricas em mais de 50 países. No Brasil são cerca de 5.000 empregos diretos na fabricação de produtos Nike.
No ano 2000 a Nike já fechou o seu primeiro ano de parceria com a Corpore. A parceria já rendeu benefícios para a própria empresa principalmente na exposição de seus produtos.
A parceria com a Corpore proporciona oportunidades para divulgar os produtos e iniciativas junto aos corredores. Hoje a Nike oferece uma linha completa de produtos para corredores - tênis desenvolvidos para os diferentes perfis de acordo com pisada e objetivo (treinamento, competição), vestuário com tecnologias como Dri-FIT e Nike Sphere, meias especificamente desenvolvidas para corrida e relógios e monitores cardíacos também especialmente desenvolvidos para os corredores. Em meados da década de setenta a sociedade americana estava descobrindo a atividade física como uma fonte segura de saúde e longevidade. Sensível a essa nova percepção, a Nike investiu numa propaganda agressiva, voltada para o atleta comum, aquele que malha todos os dias para ficar em forma. É claro, imitou as concorrentes Adidas e Puma, associando sua marca a grandes atletas também.
O resultado não poderia ser melhor:
A Nike tornou-se a maior empresa de materiais esportivos do planeta.

Estilo de vida e comportamento

Não se pode falar de marca como estilo de vida sem se falar do fenômeno da Nike. Todo mundo sabe que a Nike construiu sua imagem de superação de objetivos, do poder da força de vontade humana, do "Just do it", através de sua ligação com grandes nomes do esporte, como Michael Jordan. Mas poucas pessoas sabem que a empresa utiliza também cool hunters, ou consultores que vivenciam o dia-a-dia de comunidades que ditam a moda adolescente (no caso americano as comunidades negras), procurando por fórmulas para duplicar seu espírito de independência e vanguarda na sua comunicação. A idéia é chegar ao ponto onde a Nike seja mais que uma empresa, passando a ser uma filosofia de vida. Não há dúvida que a empresa foi tremendamente bem-sucedida, chegando ao ponto de um consumidor tatuar seu logo (o famoso swoosh) próximo ao umbigo, para que lembrasse de manhã no chuveiro que deveria seguir a filosofia just do it durante o dia.

A Nike é uma das marcas esportivas que os jovens de 15 a 19 anos mais confiam, diz a nova pesquisa elaborada pelo IBOPE Inteligência e a Troiano Consultoria de Marca. O levantamento inaugura o Índice de Confiança em Marcas (ICM), que mede o grau de confiança segundo a média entre os quesitos produto, distribuição, preço, comunicação, atendimento e marca alcançada (em uma escala que vai de 0 a 100 pontos) entre este público. O índice pretende atender uma demanda de mercado por uma pesquisa que utilize a mesma linguagem que os executivos de Marketing usam em um projeto de investigação da confiança que marcas desempenham.

No que se refere ao hábito de comportamento dos jovens, a internet desponta como principal fonte de informação para compra de materiais esportivos. A opinião de outros consumidores é levada em conta, já que cinco entre as nove fontes de informação citadas baseiam-se em análise de terceiro (opinião de outros consumidores - 61% - e comentários de consumidores em sites de lojas - 58% -, em portais comparadores de preço - 50% -, em redes sociais como o Orkut - 45% - e em blogs - 42%). Mas o local mais citado para busca de informação é o site corporativo, com 66% de menção.

É na internet também onde este consumidor pode ser mais encontrado, com 44% afirmando freqüentar portais e 16% redes sociais. A TV aberta é citada por 20% dos entrevistados, enquanto que TV paga e SMS estão em últimos lugares com 8% e 7% respectivamente. Já o computador é o objeto mais citado quando perguntados sobre o que gostariam de levar para uma ilha deserta.

Avaliando o relacionamento dos jovens com o mundo dos esportes, a pesquisa apontou que apenas um em cada dez jovens pesquisados não pratica esporte. Entre as modalidades mais praticadas pelos garotos estão o Futebol (52%), Futsal (39%) e a Caminhada (35%), enquanto que para as garotas a Caminhada é a preferida, com 54%, seguida por Dança (30%) e Natação (27%). A duração reservada para a prática é de uma a duas horas por dia para 59% dos entrevistados.

Segmentação:
NIKE e o Público segmentado

Na tentativa da marca ficar mais fashion para aqueles que não praticam esportes e não são influenciados pelos astros do mundo esportivo, a Nike está patrocinando algumas peças de artistas famosos de Los Angeles, como por exemplo: os brasileiros G
ustavo e Otávio Pandolfo. E também o Mr. Cartoon, tatuador de astros do hip-hop e rappers que chegaram a criar uma linha própria de calçados que é referência para esse público em L.A.

Nike Lança Tênis para Hip-Hop

São raros os tênis feitos, especialmente para mulheres, más após pesquisas, a Nike lança nos E.U um sneaker dedica
do às dançarinas de Hip-Hop, a Nike Women's Air Troupe Mid. Bailarinos de break possuem características que nunca haviam sido consideradas no desenvolvimento de novos sneakers, portanto, o modelo é feito de couro leve e flexível, sola de borracha antiderrapante e um calcanhar parcialmente aberto para proporcionar total liberdade de movimentação. O tênis oferece toda resistência para suportar passos de dança que costumam causar alto desgaste no calçado, como aqueles que incluem viradas de 360°, deslizes e arrasta pés.

Prova de que a Nike se preocupa com os bailarinos/praticantes de Hip-Hop, foi o lançamento do novo modelo da marca: a Nike Air Troupe Mid, os primeitos sneakers da marca desenvolvidos para os praticantes de hip-hop. Várias pesquisas da Nike nos últimos anos provaram que os bailarinos de breakdance/Freestyle, etc, possuem características atléticas que nunca tinham sido consideradas no desenvolvimento de novos tênis. Uma vez que o modelo mais usado por este público é o Dunk, a Nike inspirou-se neste para criar o Air Troupe Mid.

Abaixo - Dançarinas de Hip-Hop usando o:
Nike Women's Air Troupe Mid