Nos anos 60 a música negra tornou-se conhecida quando os cantores religiosos gospel começaram a ser divulgados nas rádios, passando a ser conhecidos como Soul (alma). Com o seu desenvolvimento alguns cantores começaram a se destacar como Cheryl Lynn, One Way, Anita Becker e o famoso James Brown. Este, com seu estilo único de tocar guitarra acelerou o ritmo do Soul, surgindo o Soul ritmado mais conhecido como Funk Soul. Das rádios, o Funk foi para os bailes e assim começaram a desenvolver as danças, em suas várias versões. Dos anos 70 até hoje, a Black Music sofreu algumas evoluções tanto no ritmo como também na dança. A Black Music contém muitas variações mas só alguns marcaram realmente época em sua história: Funk Soul: Retrata bem a década de 70, o som psicodélico de James Brown deu origem a uma dança com estilo incomparável de deslizar os pés no chão com muita ginga e agilidade. Flash Back, os anos 80 ficaram conhecidos como a época do passo marcado. Após os sucessos dos Jackson Five, nos bailes dançava-se pequenas coreografias criadas pela alegria e empolgação do momento. Charm A melodia rítmica de Érika Badu, R Kelly e Black Street ficou conhecida como Charm que originou o Floreado ou a famosa "lenta" quando dançada a dois em meados dos anos 80. R&B a mistura do Charm com o ritmo contagiante do rap norte americano dos anos 90 fez com que Usher, Snoop Dog, Beyoncé, Nelly e outros, lançassem um ritmo envolvente que, quando dançado, revela toda arte e magia de dançar a dois com um contato visual bastante rico e cheio de alegria.
HIP-HOP FASHION
O hip-hop emergiu nos EUA, na década de 70, nos subúrbios negros de Nova Iorque (Bronx, Harlem, Brooklyn). Estes subúrbios enfrentaram todo tipo de problemas: pobreza, violência, racismo, tráfico, carências de infra-estrutura, de educação, etc. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer, e geralmente entravam num sistema de gangs (bem formando parte de alguma das gangs, bem desde fora delas, mas sempre conhecendo os territórios e as regras impostas por elas), as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. Neste contexto nasciam diferentes manifestações artísticas de rua: música, dança, poesia, pintura. Os vários DJ’s observaram e participaram destas expressões de rua, e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações incluíam-se. Hip-Hop é uma cultura que consiste em 4 subculturas ou subgrupos, baseadas na criatividade. Um dos primeiros grupos seria, e se não o mais importante da cultura Hip-Hop, por criar a base para toda a cultura, o DJing é o músico sem “instrumentos” ou o criador de sons para o RAP, o B.Boying (a dança B.Boy, Poppin, Lockin e Up-rockin) representando a dança, o MCing (com ou sem utilizar das técnicas de improviso) representa o canto, o Writing (escritores e/ou graffiteiros) representa a arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando o spray.
- É um estilo de vida... Uma ideologia... Uma cultura a ser seguida...
- " A consciência" ou a "informação" em minha opinião não pode ser considerada como elemento da cultura, pois isso já vem inserido às culturas do DJing, B.BOYing, MCing e Escritor/WRITing (Graffiteiros), ou seja aos elementos da cultura Hip-Hop, mais é válido para a nova geração, dizendo se fazer parte da cultura Hip-Hop sem ao menos conhecer os criadores da cultura e suas reais intenções.
As Raízes
A origem e as raízes da cultura Hip-Hop estão contidas no sul do Bronx
E muitos integrantes não quiseram mais se envolver com isso, o tempo estava mudando e as pessoas da década de 70 estavam à procura de festas em clubes, apenas diversão, dançar, curtir a música cada vez mais e mais. O número de gangues cada vez mais estava diminuindo principalmente porque cada vez mais jovens estavam envolvidos com um movimento e se identificavam com alguma atividade. Pois a idéia básica era competir com criatividade e não com violência.
Kool Herc é por toda parte conhecido e respeitado como o "pai" da cultura
Herc deve ter dito muitas dificuldades para dormir durante a infância devido ao glorioso e grandioso volume libertado pelos sound system, que batalhavam nas ruas pela atenção do público, cada vez se aumentava mais e mais o volume, quase a ponto de explodir, foi neste ambiente que Herc nasceu e viveu até os 12 anos...
Em meados de 73 ele chamou a atenção como DJ no Bronx, no princípio ele usou o equipamento de som de seu pai, em seguida construiu seu equipamento (auto denominado de Herculords) com enormes caixas de som e muitos seguidores.
Ele nunca tocou uma música inteira, mas só a parte que as pessoas mais gostavam: O Break - A parte onde a batida foi tocada da mais pura forma. Os "Breaks" das canções eram só alguns segundos, ele os ampliou usando dois toca-discos com dois discos iguais, dando o nome de Break-Beat, o fundamento musical para B. Boys e B.Girls (Breaker-boys, Breaker-girls: dançarinos que se apavoravam dançando durante estes Breaks) e os MC's (Os Mestres de Cerimônias, artistas no microfone que divertem as pessoas fazendo-as dançar com suas rimas), às vezes comparável ao "Toast" jamaicano, Kool Herc usou algumas frases para fazer as pessoas dançarem e dar boas vindas aos amigos. Mas quando misturavam as batidas, elas ficavam mais complicadas, mais concentração, assim foi entretendo a multidão, ficando complicado fazer várias coisas ao mesmo tempo, com o microfone não era mais possível, ele passou o microfone para dois amigos que representaram o primeiro time de MC: Coke
Afrika Bambaataa (ou Kahyan Aasim - nascido 1957) também tem seu papel de importância no surgimento da cultura Hip-Hop, é por toda parte conhecido e respeitado como o "padrinho" ou o "avô" da cultura Hip-Hop, reunindo tudo e propondo a base para a cultura. Era membro e líder de uma das maiores gangues, "Black Spades" também era um colecionador de discos fanático. Embora já estivesse trabalhando como DJ em festas desde 70, ele adquiriu mais interessado pela cultura Hip-Hop depois de ter visto Kool Herc nos toca-discos em 1973 e assim foi DJ no "Bronx River Commity Center" onde teve seu próprio sound system. Ao mesmo tempo a gangue dele começou a desaparecer, logo depois formou uma pequena ONG chamada de "Bronx River Organization" que logo após passou a se chamar "The Organization", por ter feito parte uma gangue anteriormente ele teve um publico fiel que consistiu em membros de gangues anteriores.
A idéia de Afrika Bambaataa era transformar o negativismo das gangues em energia positiva, pois perdera o melhor amigo em uma guerra das gangues, no tempo que fizera parte de uma gangue. Cansado disso, pensou em fazer algo para mudar esta situação, as pessoas estavam cada vez mais ocupados com o Hip-Hop, em mostrar suas habilidades da melhor forma possível nas festas. GrandMaster Flash completa a trilogia dos DJ´s pioneiros, o terceiro DJ mais importante do inicio da cultura Hip-Hop, teve a brilhante idéia de incluir artesanalmente a sua mesa de mixagem um botão (cross-fader) que lhe permitia passar de um disco para outro sem haver quebra de som. Aprendendo com Herc que os breaks de Funk eram o combustível preferido dos B-Boys e com Bambaataa onde os ir buscar, Flash incendiou tudo ao trazer para o palco os “skills” (capacidade técnica de misturar os discos e fazê-los fluir de forma irrepreensível).
Bem, assim seria o Hip-Hop para muitos, Djs descobrindo e criando os
Assim, era como uma lei não escrita, que, todo mundo criava seu próprio estilo, sem copiar o próximo, sem roubar as idéias do outro.